Bra: o país que funciona pela metade

Postado 14/03/2023
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Desde a minha adolescência eu escuto dizer que o Brasil será uma das grandes potências mundiais em pouco tempo. O tempo passou e nada aconteceu, ou pouco aconteceu, ou ainda, o que deveria ou poderia acontecer, aconteceu pela metade. Como assim!?

Outra afirmação pomposa e megalomaníaca, dos anos 1970-80, foi que o Brasil era, ou ainda é, o país do futuro. Como podemos ver, este futuro ainda não chegou e talvez demore muito a vir. Talvez um dos fatores que expliquem o nosso título, seja a triste constatação de que o país funciona pela metade, e por isso o nome está cortado. Nesta meia nação de bananas e futebol, as coisas não caminham como caminha uma parte da humanidade.

Os grandes projetos e obras de um governante de plantão ou do sucessor deste, não têm continuidade, nem tão pouco são concluídos, porque não há concordância ideológica e nem gestão profissional, e também porque tais obras e serviços serão mais “interessantes” se forem anunciadas e executados em ano eleitoral.

Por que será que é assim!? “O que será que será? Que andam suspirando pelas alcovas? Que andam sussurrando em versos e trovas? Que andam combinando no breu das tocas? Que anda nas cabeças, anda nas bocas?” Chico Buarque.

Ano sim e ano não, acontecem eleições majoritárias e municipalistas, como aliás ocorrem em muitos países ao redor do mundo, mas aqui temos um agravante. Neste ano, por exemplo, não temos escolhas populares para nada e o grande desafio do governo recém-eleito é aprovar a tal famijerada reforma tributária. Se esta pauta tão importante para o país, não for aprovada ainda no próximo semestre, já que neste não será, também não será no ano que vem, pois em ano eleitoral, este país não funciona.

Então, a lógica é que o Bra, funciona pela metade; ano sim, ano não.

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