Depois dos resultados do 1º turno das eleições presidenciais no último dia 2 de outubro, a grande expectativa girou em torno dos posicionamentos de Simone Tebet e de Ciro Gomes, depois de definidos os percentuais de Lula e Bolsanaro.
O PDT, aliado histórico do PT, não perdeu tempo e declarou apoio à candidatura do PT. Mas, o candidato do partido, Ciro, disse em uma primeira aparição que precisava de um tempo para refletir sobre os resultados da eleição, e só depois de posionar.
Depois disso, em um video, Ciro Gomes disse que considerava as duas candidaturas postulantes no segundo turno, como “insatisfatórias” e que não via riscos à democracia brasileira neste instante do processo.
No mesmo video, Ciro disse que seguiria a orientação do seu partido, mas em nenhum momento citou o nome de Lula. Este episódio me fez lembrar uma frase de Leonel Brizola, após o 1º turno nas eleições de 1989, quando ele disse que: “É, meus companheiros, vamos ter mesmo que engolir o sapo barbudo”, se referindo ao canditado do PT.
Fica claro, que Ciro está reproduzindo a mesma situação vivida por Brizola. Os dois não podendo vencer os pleitos onde concorreram, têm apenas a opção de construir as alianças possíveis ou mais próximas dos seus próprios pensamentos.
Sim, política é a arte de fazer alianças, o que pode traduzir também o titulo da coluna, mesmo que estas alianças nos levem a posicionamentos pessoais não ideais ou satisfatórios. Agora é esperar. Só nos resta torcer para que o país siga em frente na busca das soluções dos seus maiores problemas, se é que é possível esperar isto dos dois concorrentes ao governo federal.