Quando as palavras inflamam

Postado 13/11/2022
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Meu amigo Delman Moitinho, no seu livro Metáforas, distribuiu entre os capítulos, algumas citações que nos levam a um exercício de reflexão, além do próprio conteúdo de cada um deles. Uma destas frases é uma das minhas preferidas: “Quer Paz? Silencie”.

A minha frase preferida do mesmo livro é “O pior naufrágio é manter-se ancorado por toda uma vida”. Eu fui um menino curioso, um adolescente inquieto e ainda me considero um desbravador de horizontes e um estrangeiro e peregrino. Mas, depois falo disso.

pexels

Há algum tempo, eu descobri que tenho uma doença grave. Eu escuto zumbidos e sinto dores constantes em meus ouvidos. Consultei alguns médicos e eles disseram que a doença não tem cura. E mesmo com uso de remédios e terapias, a tendência é piorar.

Tudo começou com uma frequência baixa de ruídos e sem que eu percebesse, a “zuadinha” foi aumentando. Na verdade, eu me descuidei e não limpei os ouvidos da maneira correta, e isto causou a inflamação. Sabe aquela frase: “Cada um com seus problemas?”, cabe muito bem nesta situação em particular.

Eu vivi até agora sabendo que não enxergo direito pelo olho esquerdo. E hoje sei que também não escuto como deveria escutar. Não estou escrevendo isto para lhe assustar ou impressionar. Mas, para lhe alertar que o mesmo processo desgastante pode está acontecendo com você.

Não desejo que você passe pelo que estou enfrentando e lhe aconselho fazer duas coisas: limpe seus ouvidos e preste atenção aos barulhinhos incômodos. Em suma, ainda terei que conviver com os zumbidos e as dores por muito tempo. E por fim, peço a Deus que me ajude a silenciar.

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