O assunto do momento é o vídeo com imagens comprometedoras que mostram, o então – já exonerado por causa das imagens – ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Lula, caminhando pelas dependências do terceiro andar do Palácio do Planalto, e aparentemente auxiliando golpistas a atacarem e destruírem o patrimônio publico durante os ataques do 8 de janeiro.
Mas, o que salta aos olhos e incomoda aos ouvidos mesmo, é ver e ouvir que mesmo depois da transição de governo de Bolsonaro para o de Lula, que durou dois longos meses, o próprio general chefe da segurança, Gonçalves Dias, afirmar que não deu ordens a um dos seus subordinados por que um desses ainda era um indicado do governo bolsonarista e que este não o atenderia.
Sem Saída
Essa explicação não colou bem na mídia nem na cabeça de Lula. Incrivelmente no governo lulista, tinha um agente bolsonarista. Isto me fez lembra um filme dos anos 1980, em que Kevin Costner interpreta um espião soviético dentro do Pentágono.
Das duas, uma, ou as duas: ou o espião bolsonarista foi muito competente em permanecer no posto até os atos golpistas de 8 de janeiro, ou o chefe de gabinete foi extremamente incompetente em não notá-lo. O que não foi notado mesmo é que as câmeras estavam funcionando, e o general teve que sair.