A estranha democracia brasileira

Postado 27/10/2022
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Um caso esdrúxulo aconteceu na terça, 25 de outubro, quando um operador de retroescavadeira, acusado de usar a máquina para matar um aposentado ocasionada por uma briga de trânsito, na Baixada Fluminense, se apresentou à polícia.

Por conta da legislação eleitoral, “nenhum cidadão” pode ser preso cinco dias antes do segundo turno das eleições, a menos que em flagrante. Livre disso, neste caso, o suspeito foi liberado após prestar depoimento.

Agência Brasil

Salta aos olhos, a estranheza da “democracia brasileira” que garante com muito mais força o “dever e o direito” de votar de seus cidadãos em flagrante rota de colisão com as atitudes de uma pessoa que se apresenta à polícia e ainda tem contra ela, o contraditório das testemunhas. A família do aposentado que morreu não aceita a versão de operador. A filha do falecido disse que ele foi atingido pelas costas, quando a briga já havia terminado.

É a estranheza da lei eleitoral que torna fora do padrão, a já frágil democracia tupiniquim. O operador deveria ter sido detido provisoriamente, mas teve o seu “sagrado direito ao voto” assegurado, preventivamente.

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