Carros populares na contramão

Postado 18/05/2023
Compartilhe

Recentemente o presidente Lula disse que os preços dos carros chamados populares no Brasil não são acessíveis ao povo. Ou seja, um carro de 90 mil reais não é popular. Uma matéria da Folha, desses dias, reporta que a ideia é que estes tais carros populares tenham preços entre 50 e 60 mil reais para atingir, uma faixa mais ampla de consumidores. Esta meta, segundo a revista Autoesporte, poderia ser alcançada com um esforço conjunto que incluiria a redução de impostos e a simplificação dos modelos propostos.

Já na Europa, os carros populares até existem, mas não são mais fabricados nem têm planos de voltarem a ser. Um acordo entre os 27 países da União Europeia estabelece que até 2035, apenas veículos totalmente elétricos serão fabricados, e ainda que somente aqueles com baterias ou movidos por célula de hidrogênio serão vendidos no continente. Tais protocolos e planos, também são metas de governos e de montadoras nos Estados Unidos, na China e no Japão, por exemplo.

Assim. podemos dizer que, enquanto a Europa sobe a ladeira, o Brasil quer descer a via da indústria automobilística, na contramão com carros populares. Ao invés do governo se preocupar em tentar planejar o aperfeiçoamento das suas linhas de montagem de forma a concorrer com o mercado internacional de carros, prefere criar veículos com tecnologia atrasada, apenas para agradar à classes menos favorecidas, que em outras palavras, também andam na contramão da distribuição de renda, pois, onde não há renda, não há consumo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *