Nos anos 10 do século 20 o cinema se dividia em antes e depois de D.W. Griffith; nos anos 1940 o cinema tinha novo divisor: antes e depois de Orson Welles; nos agitados anos 1960 do mesmo século 20 o cinema agora era classificado como antes e depois de Jean-Luc Godard.
De fato, o cineasta franco-suíço, que bem poderia ser um poeta, um romancista ou um ativista político, elegeu o cinema como sua forma de expressão. Godard dizia “a câmera é como uma caneta que escreve filmes”, ou “a câmera é uma metralhadora que dispara 24 fotogramas por segundo”.
Cinema-literatura, cinema-de-guerrilha, cinema-poesia. São muitas as definições que cabem no cinema de Godard, em síntese: um cinema revolucionário.
“Bande À Part” é o seu sétimo longa-metragem, foi lançado em 1964, mas não é datado, é um filme que se encaixa, como linguagem e estética, neste ainda nascente século 21.
O bando à parte do título não é apenas o trio de assaltantes amadores que compõe a história, no cinema de Godard a história é só um pretexto. O bando à parte é também o grupo de jovens realizadores franceses que lançaram a “nouvelle vague” (nova onda), movimento que virou de ponta a cabeça (no bom sentido) o cinema francês e por extensão o cinema mundial naqueles anos 60 com repercussões e influencias que duram até hoje.
“Um Bando À Parte” (título em português) é um filme para quem aprecia o cinema não só como uma fugaz diversão, é para aquele espectador que quer ver além do que a história do filme conta.
A exibição é nesta terça-feira, 17 de outubro, às 19h, com entrada franca e disponibilidade dos assentos por ordem de chegada no Cineclube Memorial, que fica localizado na Av. Getúlio Vargas, 344 – Centro de Campina Grande. E logo após a exibição haverá debate.
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O Cineclube voltou! Participe!
*com edição de Caio Márcio