Você já ouviu falar no termo polifarmácia? Ela ocorre quando uma pessoa utiliza ao menos cinco medicamentos (número mais aceito na literatura) de maneira crônica ou utiliza fármacos inadequados ou simplesmente sem indicação clínica.
Essa realidade se tornou um problema importante em todo o mundo, especialmente nos países desenvolvidos, mas também no Brasil. A porção da população mais afetada por esse problema são os idosos, geralmente, por apresentarem múltiplas comorbidades, necessitando de diversas medicações.
São muitas as consequências da polifamárcia, mas de maneira geral, há um aumento da mortalidade e dependência das pessoas idosas, além de uma piora na qualidade de vida. E aqui está o centro da nossa discussão hoje e por algumas semanas à frente: qualidade de vida! O que você diria ser qualidade de vida?
O conceito acaba sendo um pouco subjetivo, ou seja, o que para um pode aumentar sua qualidade de vida, para outro nem tanto. Por exemplo: para alguns, um tempo de férias numa praia seria o mais desejado nesse momento, para outros apenas um momento a sós para uma leitura prazerosa. De toda forma, todos temos como meta uma boa qualidade de vida.
Parte dessa meta conseguimos com uma boa qualidade de saúde, inevitavelmente. E saúde, não é apenas ausência de doença, mas o ”completo bem estar físico, mental e social” – definição dada pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Um dos segredos para alcançar esse bem estar é através do que chamo da ”Polifarmácia do bem”, ou os oito remédios naturais. E quais são? Alimentação saudável, ingestão regular de água, respirar ar puro, expor-se à luz solar, praticar exercício físico, repousar, ter equilíbrio e confiar em Deus. Ao longo das próximas semanas, falarei de cada um desse remédios.
Eu sou o Renan Carnaúba Teles, médico clínico geral que atua no contexto da atenção primária à saúde. Que Deus o abençoe e até a próxima oportunidade.