Para que servem os dois pontos

Postado 28/07/2022
Compartilhe

A lingua portuguesa é riquíssima. Quem a estuda sabe bem disso. Quando eu me propus a escrever uma coluna na página atualidade.net, eu pensei que deveria ser algo original, independente e pessoal.

Escrever não é algo fácil. Na verdade, é bem complicado, uma vez que, quando nos propomos a redigir um texto, precisamos ter elementos suficientes para justificar nossas propostas. E, neste sentido, precisamos estar prontos a mudar de caminho todas as vezes que forem necessárias para que aquilo que pretendemos expor, seja o mais claro e sustentável possível.

Sobre o ato de escrever, podemos propor a seguinte analogia. Imagine um escultor que encontra motivação ou recebe uma encomenda de um novo trabalho. A primeira parte da tarefa dele é encontrar o tipo de madeira ideal para iniciar o processo de idealização da escultura. O artista começa a pensar em qual será o motivo da sua arte, e a partir daí, ele começa a planejar a execução. Vamos supor que ele decide esculpir o busto de uma personalidade ou de algúem querido. No desenvolvimento do trabalho, o artista passa de um traçado mais rudimentar de um rosto, com os traços, cortornos e proporções, até chegar, lenta e cuidadosamento a imagem final.

Assim, podemos dizer que, escrever é esculpir palavras. É preciso partir de um ponto mais duro ou mais amplo de ideias, e considerar que ao entalhar as letras, é preciso também afinar os pensamentos de modo a se fazer uma “imagem do texto” que os leitores contemplem e interpretem ao seu próprio modo.

Assim, enquanto escrevemos, podemos deixar o título do nosso pensamento como uma das últimas, se não a última parte mesmo do trabalho. E respondendo a pergunta titular, “Para que servem os dois pontos?”, eu posso dizer com toda a clareza que eles servem basicamente para: introduzir explicações ou esclarecimentos; para resumir pensamento ou propostas; para enumerar ou exemplificar, e especialmente, na literatura, eles servem para citar ou introduzir a fala dos personagens.

Neste último caso, o uso dos dois pontos é significativo para o campo das idéias, pois quando eu apresento um pensamento, devo considerar que, exista pelos menos, um outro discurso diferente daquele que eu propus. E portanto, e sem querer falar demais, é bom dizer que os dois pontos servem pra tudo.

Um abraço.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *