Redução no consumo de proteínas beneficia o metabolismo

Postado 18/08/2022
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EllaOlsson @pexels

Estabelecer uma dieta adequada faz parte da rotina de pessoas com síndrome metabólica: um conjunto de condições como hipertensão, nível elevado de açúcar no sangue, acúmulo de gordura na cintura e colesterol excessivo, que aumenta o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes. Em busca de novas estratégias alimentares para esse grupo, pesquisadores brasileiros e dinamarqueses compararam os efeitos entre a restrição proteica e calórica na alimentação.

Os resultados, publicados na revista Nutrients, sugerem que reduzir a quantidade de proteínas é tão eficaz quanto cortar calorias, o que aumenta o arsenal terapêutico para lidar com um problema com prevalência estimada em 38% na população adulta brasileira. “O estudo mostrou que diminuir o consumo de proteínas para 0,8g por quilo de peso corporal foi suficiente para atingir quase os mesmos resultados clínicos de uma dieta com restrição calórica, mas sem a necessidade de reduzir as calorias ingeridas”, destaca Rafael Ferraz Bannitz, pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e primeiro autor do artigo (leia entrevista nesta página).

De acordo com o pesquisador, os resultados sugerem a possibilidade de a diminuição da ingestão de proteína ser um dos principais fatores que levam aos efeitos reconhecidamente benéficos da moderação alimentar. “Com isso, a dieta de restrição de proteínas pode ser uma estratégia nutricional mais atrativa e relativamente mais simples de ser seguida por indivíduos com síndrome metabólica”, afirmou.

Foram selecionados 21 participantes, e todos tinham diagnóstico de síndrome metabólica. Eles foram divididos em dois grupos e, durante todo o período, permaneceram internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), para que os profissionais monitorassem e garantissem que a dieta seria seguida corretamente.

fonte: Correio Braziliense

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